sexta-feira, 7 de março de 2008

Paulo Freire - A essência da Pedagogia Freireana:Princípios e métodos!




A educação deve ter como objetivo maior desvelar as relações opressivas vividas pelos homens, transformando-os para que eles transformem o mundo”
Paulo Freire, pensador brasileiro, é autor de uma vasta obra que, ultrapassando as fronteiras do país, expandiu-se internacionalmente. Segundo sua filosofia, a educação é uma prática política.

Sua pedagogia tem sido conhecida como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Liberdade, Pedagogia da Esperança. Em seus trabalhos, Freire defende a idéia de que a educação não pode ser um depósito de informações do professor sobre o aluno tais como os depósitos bancários. Respeitando-se a linguagem, a cultura e a história de vida dos alunos pode-se levá-los a tomar consciência da realidade que os cerca, discutindo-a criticamente.

A base da pedagogia de Paulo Freire é o diálogo libertador e não o monólogo opressivo do educador sobre o educando.Na relação dialógica estabelecida entre o educador e o educando faz-se com que este aprenda a aprender. Respeita-se o aluno não o excluindo da sua cultura, fazendo-o de mero depositário da cultura dominante. Ao se descobrir como produtor de cultura, os homens se vêem como sujeitos e não como objetos da aprendizagem.

Paulo Freire é um educador com profunda consciência social. Mais do que ler, escrever e contar, a escola tem tarefas mais sérias - desvelar para os homens as contradições da sociedade em que vivem.


Na concepção freireana, o homem é considerado um aprendiz em processo constante de busca e sonhador com a contrução de uma sociedade mais justa e mais humana. Acredita nos seres humanos como indivíduos, cidadãos e profissionais, preparados e compromissados em desempenhar melhor seus papéis na sociedade.


Portanto, a oralidade de Paulo Freire, não expressa somente seu estilo pedagógico, mas revela que a intelig~encia se constrói frente a uma contínua interação entre o homem e o meio.Nota-se que o educando pode beneficiar-se, muitíssimo, quando tem a possibilidade de viver em um ambiente que lhe é favorável, com oportunidades de agir livremente.

Em 1958, Paulo Freire, no 2° Congresso de Educação de Adultos realizado em Pernambuco, discutia o ciclo de miséria gerado pelo analfabetismo. Defendia, então, meios audiovisuais para alfabetizar adultos. Palavra e imagem se reforçavam a seu ver, num processo que partia da própria palavra do educando.

Sua primeira experiência de alfabetização de adultos se iniciou no Centro Dona Olegarinha, Movimento de Educação Popular de Pernambuco. Iniciou seu trabalho com 5 adultos analfabetos e os alfabetizou em cerca de 30 horas, usando método próprio. A partir de pesquisa sobre o universo vocabular dos alunos, eram selecionadas palavras geradoras que davam origem a debates, organizando-se temas de interesse dos alunos. A partir daí, as palavras aliadas a imagens eram subdivididas em sílabas que, reorganizadas, davam origem a outras palavras.

Na época, Freire causou uma revolução nos métodos de alfabetização de adultos que até então eram alfabetizados usando-se os mesmos procedimentos que eram utilizados com crianças. Seu método parte do princípio de que é necessário aproximação à cultura e vocabulário dos alunos, desvelando-se a realidade subjacente às palavras geradoras em debates. Dos debates e da força das palavras geradoras chega-se ao domínio do código escrito.

Em seus livros reflete sobre a alfabetização, criticando a proposta simplificadora que se limita ao repetir mecânico de idéias alheias e à memorização de palavras e letras, condenando, também, o projeto educacional que a executa. Na concepção do autor, o processo de alfabetização deve permitir ao alfabetizando a compreensão do ato de ler, de estudar, ensinando-o a pensar a partir da realidade social que o cerca, estimulando, assim, a prática de um diálogo conscientizador e gerador de uma reflexão crítica e libertadora.

Paulo Freire, pensador brasileiro, afirma que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Antes de ler a palavra, o adulto lê o mundo através de gestos, olhares, expressões faciais, do cheiro, do tato, do olfato. Como qualquer leitura é uma produção de sentido, os alunos procuram criar sentidos para o mundo que o rodeia. É no contato com 'outro', e com o 'mundo' que são construídos símbolos, inicialmente muito singulares e próprios até chegarem a se construir em significados compartilhados socialmente. Neste sentido, antes de ler a palavra, o adulto já vivenciou diversas leituras do mundo.




"Ninguém pode ser um caderno vazio,todos nascem pra contribuir e transformar a história!"Paulo Freire

Um comentário:

cieli disse...

Amei este texto... Claro que já copiei né???Para o meu próximo portfólio!!!!Ainda mais em se tratando de quem é!!!Paulinho , é...Paulinho Freire!!!kkkkk!!!