quarta-feira, 23 de abril de 2008

Uma rosa com outro nome!

Distúrbios de aprendizagens!

Imagine por um instante que você está visitando um viveiro de plantas.Você percebe uma agitação lá fora e vai investigar.Você encontra um jovem assistente lutando contra uma roseira.Ele está tentando forçar as pétalas da rosa a se abrirem, e resmunga insatisfeito.Você então, pergunta o quê está fazendo e ele explica:"meu chefe quer que todas essas rosas floresçam essa semana, então na semana passada eu cortei todas as precoces e hoje estou abrindo as atrasadas." Você protesta dizendo que cada rosa floresce a seu tempo, é absurdo tentar retardar ou apressar isso.Não importa quando a rosa vai desabrochar - uma rosa sempre desabrocha no momento mais oportuno para ela.Você olha novamente a rosa e percebe que ela está murchando, mas quando você o alerta, ele responde:"Ah, isso é mau, ela tem desabrochamento congênito.Vamos ter que chamar um especialista."Você diz:" Não, não!Foi você quem fez a rosa murchar!Você só precisaria satisfazer as exigências de água e luz da planta e deixar o resto por conta da natureza!" Você mal consegue acreditar no que está acontecendo.Por que o chefe dele é tão mal informado e tem expectativas tão irreais em relação às rosas?

Essa cena nunca teria se passado em um viveiro, é claro, mas acontece todos os dias em nossas escolas.Professores pressionados por seus chefes seguem calendários oficiais que exigem que todas as crianças aprendam no mesmo ritmo e do mesmo jeito.No entanto as crianças não diferem das rosas em seu desenvolvimento:elas nascem com a capacidade e o desejo de aprender, e aprendem em ritmos diferentes e de modos diferentes.

Jan Hunt ratifica que se formos capazes de satisfazer suas necessidades, proporcionar um ambiente seguro e propício e evitar nos intrometer com dúvidas, ansiedades e calendários arbitrários, aí então - como as rosas - as crianças irão desabrochar cada um a seu tempo.

Um comentário:

Fabio Flowers disse...

Excelente metáfora !

Tudo tem seu tempo, todos possuem seu próprio ritmo.

É necessário respeitar as singularidades.