A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada.
Paulo Freire nos ensina a importância fundamental de organizarmos a nossa palavra ao contexto de nossos educandos. É a idéia do universo vocabular dos grupos: "palavras do Povo, grávidas do mundo".
A leitura crítica da realidade no processo de educação associada a práticas de mobilização e organização "pode constituir-se num instrumento para o que Gramsci chamaria de ação contra-hegemônica".
O mito da neutralidade da educação leva à negação da natureza política do processo educativo.
Segundo Freire é impossível separar o inseparável: a educação da política.
Mas, se não é possível pensar a educação sem pensar o poder e sem pensá-la como prática autônoma ou neutra, isto não significa que a educação seja uma pura reprodutora da ideologia dominante.
Como cita o professor "o que temos de fazer então, enquanto educadores ou educadoras, é aclarar, assumindo a nossa opção, que é política, e sermos coerentes com ela, na prática".
Nessa relação dialógica, que nos inclui a todo(a)s como pais e mães, sindicalistas, educadore(a)s, devemos escutar o(a)s outro(a)s pois "cada um de nós é um ser no mundo, com o mundo e com os outros".
Toda a questão do conhecimento passa pelos princípios ensinados a nós de que há uma relação dinâmica entre a leitura da palavra e a "leitura" da realidade. Também é necessário que os povos sejam sujeitos.
"Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar é não repetir o que os outros dizem.
Estudar é um dever revolucionário!" - Paulo Freire
Um comentário:
Parabéns pelo seu blog e as matérias que veicula. Se puder, visite o meu blog, poste o seu comentário e indique para os seus contatos. Um 2010 maravilhoso! Meu blog: www.valdecyalves.blogspot.com
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