sábado, 31 de maio de 2008

Mulher de 40!


Sorriso bonito, olhar de quem sabe...
...um pouco da vida

Conhece o amor, quem sabe uma dor...
quardado escondido

Por experiência, sabe a diferença...
de amor de paixão

O que é verdadeiro caso passageiro, ou pura ilusão

É jovem bastante, mas não como antes, mas é tão bonita

Ela é uma mulher, que sabe o que quer,
e no amor acredita

Não quero saber, da sua vida, sua história, nem do seu passado

Mulher de quarenta, eu só quero ser o seu namorado

Não importa a idade, a felicidade, chega um dia que vem.

Se ela vive feliz ou espera de novo encontrar outro alguém

Se ela se distrai uma lágrima cai ao lembrar do passado

Seu olhar distante vai por um instante a um tempo dourado

Retoca a maquiagem, cheia de coragem, essa mulher bonita

Que já não é menina, mas a todos fascina e a mim me conquista

Não quero saber da sua vida sua história nem do seu passado

Mulher de quarenta, eu só quero ser o seu namorado!!
Roberto Carlos

Literatura é ampliação da visão de mundo!




Ler é Poder!


A leitura sempre foi assim:coisa muito importante - fonte de poder!

Sabemos que apesar dessa importância, ou até por causa dela, a leitura não é para todos.

Quantas pessoas analfabetas há espalhadas pelos muitos continentes?

Não podemos negar que ler é poder, pois a leitura possibilita o acesso aos bens culturais, ao conhecimento da ciência e da arte.Quando temos acesso a esses bens, verdadeiramente podemos ser herdeiros do legado científico e cultural produzidos, durante séculos, pela humanidade.Como se vê, não é possível falar em educação e literatura sem falar em leitura e escrita, em ciência e arte.

Algumas pessoas, dentre elas muito educadores, desconhecem as origens do que se denomina Literatura e, pelo senso comum, afirmam que a Literatura é apenas para alguns, pois textos literários são difíceis de serem lidos.Desconhecem que, antes da escrita, o homem desenvolveu suas habilidades de falar,de contar histórias,de cantar, de fazer versos e trocadilhos, na mesma medida em que foi desenvolvendo as técnicas, construindo modos de conhecer e modificar o mundo físico, de desfrutar de suas descobertas para construir as sociedades que hoje conhecemos.Se pesquisarmos, por exemplo, uma comunidade que ainda não se apropriou da escrita, veremos que não ter a técnica da escrita não impede de criar formas originais, próprias de consolidar suas tradições e seus valores, de fazer conhecer suas crenças,de estabelecer a relação entre o real e o imaginário em situações diversas de celebração da vida ou da morte.
Na minha concepção, a Literatura dessa comunidade se constitui de suas narrativas nas quais se tornam presentes os seus mitos, em lendas, em cantos de guerrra, em rituais de cebração da dor e da alegria, na busca da cura e na relação do homem com a natureza, do homem com o outro homem.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Reflexão! Nunca confiar demais...


"Seja cortês com todos, mas íntimo de poucos, e deixe estes poucos serem bem testados antes que você dê a eles a sua confiança. A verdadeira amizade é uma planta de crescimento lento, e deve experiementar e resistir os choques da adversidade antes de ser e receber o nome de amizade." (George Washington)


Nenhum homem acredita piamente em nenhum outro homem.

Pode-se acreditar piamente numa ideia, mas não num homem.

No mais alto grau de confiança que ele pode despertar, haverá sempre o aroma da dúvida – uma sensação meio instintiva e meio lógica de que, no fim das contas, o vigarista deve ter um ás escondido na manga.

Esta dúvida, como parece óbvio, é sempre mais do que justificada, porque ainda não nasceu o homem merecedor de confiança ilimitada – a sua traição, no máximo, espera apenas por uma tentação suficiente. O problema do mundo não é o de que os homens sejam muito suspeitos neste sentido, mas o de que tendem a ser confiantes demais – e de que ainda confiam demais em outros homens, mesmo depois de amargas experiências.

Acredito que as mulheres sejam sabiamente menos sentimentais, tanto nisto como em outras coisas. Nenhuma mulher casada põe a mão no fogo por seu marido, nem age com se confiasse nele.

A sua principal certeza assemelha-se à de um batedor de carteiras: a de que o guarda que o apanhou poderá ser subornado. Henry Mencken, in 'O Livro dos Insultos (1920)'

A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.


A amizade é assim:

É sentir o carinho.

É ouvir o chamado.

É saber o momento de ficar calado.

Amizade é somar alegrias, dividir tristeza.

É respeitar o espaço,silenciar o segredo.

É a certeza da mão estendida.

A cumplicidade que não se explica.

Apenas vive!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O conceito de poliedros de Platão

Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo!

PLATÃO

Filósofo grego (427 a.C. - 347 a.C.). Quando o filósofo Sócrates foi condenado à morte, em 399 a. C., pelo governo de Atenas (sob a acusação de "perverter a juventude" com seus ensinamentos filosóficos), Platão, que era seu discípulo, preferiu deixar a cidade. Passou então alguns anos percorrendo outras partes do mundo grego, desde o norte da África até a Itália, e nessas andanças tomou contato com os ensinamentos pitagóricos. Com 40 anos, retornou a Atenas e dedicou-se inteiramente à filosofia, fundando uma escola chamada "Academia". Sua obra filosófica está escrita em forma de diálogos. É nela, inclusive, que estão contidas as idéias de Sócrates (que deixou escritos). Segundo Platão, os sentidos físicos não nos revelam a verdadeira natureza das coisas. Por exemplo, ao observamos algo branco ou belo, jamais chegaremos a ver a brancura ou a beleza plenas, embora tragamos, dentro de nós, uma idéia do que elas são. Assim, as únicas coisas de fato permanentes e verdadeiras seriam as idéias. O mundo físico, por sua vez, não passaria de uma cópia imperfeita e mutável delas. Observar o mundo físico (tal como a ciência faz hoje em dia) pouco serviria, portanto, para alcançarmos uma compreensão da realidade, embora servisse para reconhecermos, ou recordamos, as idéias perfeitas que traríamos dentro de nós.

O filósofo reconhecia na Matemática a importância de permitir realizar abstrações, aproximando-se assim do mundo perfeito das idéias. Talvez por isso tenha sido atribuído a ele o conceito dos cinco poliedros "perfeitos" (tetraedro, hexaedro, octaedro, dodecaedro e icosaedro, também conhecidos como poliedros de Platão), na verdade descritos por Pitágoras mais de cem anos antes. Esses sólidos geométricos expressariam, em suas formas regulares, a perfeição do mundo ideal. Os corpos celestes, por sua vez, descreveriam circunferências (pois esta seria a curva perfeita) em torno da Terra, mantendo-se em órbita por estarem presos a esferas cristalinas concêntricas. A Academia, que Platão fundou, se manteve em funcionamento após sua morte, aos 80 anos. Ela só seria fechada oito séculos depois, por ordem do imperador Justiniano. A filosofia platônica, porém, continuaria a ter influência sobre o pensamento da igreja até o século XIII, quando os conceitos de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) passariam a ser mais dominantes.

Os Poliedros de Platão são cinco: - THODI -

1) Tetraedro (4 faces)2) Hexaedro (6 faces)3) Octaedro (8 faces)4) Dodecaedro (12 faces)5) Icosaedro (20 faces)




"As grandes naturezas produzem grandes vícios, assim como grandes virtudes."

sábado, 24 de maio de 2008

Freud Além da Alma

"A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos."Freud

O filme Freud Além da Alma, criado em 1962, com a direção do famoso cineasta John Huston e produzido nos EUA, foi impactante na época de sua criação sendo considerado, até nos dias atuais um clássico. O filme aborda um dos momentos cruciais da trajetória do médico Freud, e por isso, é estudado nos âmbitos de ensino acadêmico, tanto pelas ciências exatas como a medicina, quanto pelas ciências humanas, dentre elas a Psicologia e a Pedagogia.

Sigmund Freud é considerado um dos grandes pensadores do século XX, por ter deflagrado um novo olhar nos estudos sobre o ser humano. Seus estudos desvelaram a importância do inconsciente na análise dos comportamentos e contribuíram significativamente para a cura de doenças mentais, por meio da psicanálise - ciência que inaugurou. Freud nasceu em 1856, falecendo em 1939. Em 1900, ele apresentou a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. No filme, uma das cenas que mostra esse período é a que Freud assiste uma demonstração do tratamento dado aos doentes mentais do dr. Charcot, que realizava seus estudos sobre a histeria em Paris, por meio da hipnose. Dois pacientes que sofrem de histeria são hipnotizados pelo médico que sugere a eles que obedecendo a sua ordem deixem de apresentar os sintomas físicos que tinham no momento - em um dos pacientes a paralisia das pernas e em outro um tremor generalizado em todo corpo. A seguir, ainda sob os efeitos da hipnose, os mesmos pacientes, atendendo inconscientemente as ordens do médico, trocam suas enfermidades. Charcot explica aos médicos presentes, dentre eles Freud, que os sintomas das enfermidades só têm cura enquanto dura o efeito da hipnose. Nessa cena, é possível perceber a incredulidade dos médicos que a assistem, embora sejam discípulos de Charcot. Essa incredulidade é esperável, considerando a sociedade da época que era cartesiana, capitalista, voltada para a racionalidade. O afrontamento, além de social, era religioso, uma vez que a Igreja Católica não acolhia tais métodos e concepções. Sob esse ambiente conflituoso e de pouca liberdade brota os primeiros estudos do inconsciente por Freud, que apoiou-se nos experimentos de Charcot.

O penoso estudo iniciado por Freud foi interrompido, uma vez que ele sente o peso dos preconceitos advindos da sociedade e de seu mestre, além disso, ele receia as descobertas advindas de sua subjetividade. A interrupção é brevemente desconsiderada pelo próprio Freud que atende a um pedido de seu mestre. Na cena desse momento, Freud é chamado às pressas pelo mestre, dono do hospital, em que trabalhava no início da carreira e que o ridicularizava pelas idéias que defendia em seus estudos sobre o inconsciente. Ele está a beira da morte e pede para lhe falar. Freud não entende, a princípio porque aquele médico o chama, já que tinha tantas críticas às suas crenças profissionais. O antigo chefe, então, revela para Freud que também sofre de histeria, mal que escondeu de todos a vida inteira por medo de ser condenado a um manicômio ou ser tachado de louco, como sempre fez com os próprios pacientes que para ele não tinham cura. Ele pede para que Freud dê continuidade aos seus estudos, já que nessa época ele havia deixado-os de lado por medo das conclusões que estava obtendo. Diz ainda que os histéricos formam uma grande legião que vive à sombra, sofrendo profundamente deste mal, graças ao preconceito que certamente teriam que enfrentar, caso se manifestassem. O velho médico a beira da morte diz para Freud, que além de acreditar na validade científica do que vem estudando, se reconhece como um dos membros dessa legião: ele também sofreria de histeria, o que deixa o estudioso perplexo. Dizendo isso, morre.

O que existia na época de Freud permanece, mesmo atenuadamente, ainda hoje. É comum encontrarmos nas nossas famílias pessoas que comentam situações semelhantes às dos pacientes de Freud. Pessoas que tinham comportamentos como o choro sem motivo aparente, variação repentina de estado de humor - de apatia à euforia; prostração em estado de introspecção absoluta; ataques nervosos ( gritar, puxar os cabelos, etc), dentre outros. Essas pessoas, muitas vezes, eram consideradas loucas e tiradas do convívio familiar. Os médicos não tratavam as causas, mas sim apenas os sintomas, dando-lhes medicamentos que não tratavam mas que minimizavam os ataques.
Enquanto aprendizes da ciência Pedagogia, a cena mencionada, convida-nos também a discutir a relação mestre - aprendiz. O mestre de Freud, apresentava uma comportamento sistemático, inflexível e sarcástico em relação aos estudos de seu aluno. As hipóteses sobre os procedimentos do preceptor são várias e não excludentes, dentre elas entendemos que ele tinha medo da crítica da sociedade - uma vez que o desconhecimento do objeto em estudo era grande e muitos poderiam colocar em prova sua ação profissional; outra hipótese é a que o mestre se sentia profundamente incomodado por que ele próprio sofria da doença e não queria assumi-la.

Embora Freud tenha sofrido com o comportamento de seu preceptor, ele se sentia provocado a avançar em suas pesquisas. O mestre, dessa forma, representava um grande incomodador - questionador fundamental no método de reflexão, como explica Sócrates. Freud também é acometido pelas mesmas dúvidas: as críticas sociais e científicas; o temor do seu próprio inconsciente, e, ainda, o ciúmes que sua esposa tinha das pacientes que ele tratava, por isso hesitou. Estabelece-se aqui um conflito. Freud tinha como uma questão ética a importância de seus estudos para a humanidade, sabia que poderia contribuir grandemente na cura das doenças mentais, mas tinha medo. A moral da época lhe impunha algo bem diferente: a cura apenas do corpo; a não-liberdade de expressão; o abafamento da subjetividade; a formalidade nas relações familiares e profissionais; entre outras. Entendendo a ética como uma reflexão sobre a moral; Freud depara-se profundamente com uma pergunta: "eu sigo o que entendo como ético - bom - humano e assumo ser criticado, ironizado, tido como louco, ou atendo os preceitos morais da época em que vivo? "

Em outra cena marcante, Freud sonha com imagens distorcidas em que símbolos aparecem: uma cobra, sua mãe, todas dentro de uma caverna sinistra.

O sonho é envolto em uma atmosfera de mistério e terror. Sua mãe aparece como figura central deste sonho e uma cobra desliza sobre ela. Um menino observa a cena, entrando na caverna escura. Nessa cena percebemos como Freud vai construindo a relação entre sonho e inconsciente, ele começa a desvendar os seus significados a partir de suas experiências de vida.

Em nosso cotidiano, as relações que estabelecemos entre o sonho e a realidade são muito arbitrárias e abstratas, pois não temos um conhecimento aprofundado da psicanálise. A partir dos sonhos, nos indagamos sobre seu significado. Para alguns, os sonhos significam um bom presságio, por exemplo sonhar com doença traz saúde; sonhar com acidente é vida longa; outros até arriscam a sorte em diferentes jogos de azar. Muitas vezes, somos influenciados por pessoas que estão ao nosso redor - algumas nos dizem para esquecer os sonhos, outros que eles irão se realizar.

Como o filme, os estudos de Freud avançam. Numa outra cena, Freud desperta do sonho e tenta entender o seu significado. Ele começa um diálogo consigo mesmo no sentido de buscar relações de sentido entre o sonho e a sua vida consciente. Começa a se questionar: "porque minha mãe aparece no sonho? Será que a cobra de seu sonho tem relação com a pulseira espiralada que recebeu quando criança da própria mãe, para se acalmar numa noite em que ela preteriu sua companhia em relação a de seu pai? Porque ele não conseguira chorar quando seu pai morrera, se ele o queria tão bem? Será que esses sentimentos tinham alguma relação? E se tivessem, poderia pensar que haveria uma relação inconsciente entre ele, seu pai e sua mãe? A questão da sexualidade influenciaria nessa relação latente? A função sexual seria posterior à puberdade, como todos acreditavam na época?" Sua esposa então, vem em seu socorro e diz que ele estava apenas impressionado devido à recente morte do pai; que o sonho não tinha nenhum significado em especial, e que ele precisava apenas descansar.

A cena evidencia que Freud inicia um diálogo consigo mesmo - inaugurando o método de associação livre que mais tarde recebeu o nome de método catártico. Usando esse método com ele próprio e com seus pacientes, Freud então investiga a relação de amor e libido entre mãe e filho; pai e filha - dessa investigação ele desvela o complexo de Édipo. Mesmo na contemporaneidade, é fácil perceber o apego do menino pela mãe e sua identificação com o pai - a criança usa as ferramentas do pai, quer pegar um peixe do tamanho do peixe pescado pelo genitor, quer mostrar que é corajoso e forte, etc. Por outro lado, a menina usa as roupas e maquiagem da mãe, imita seus trejeitos, faz carinhos. Assim, o complexo de Édipo pelo qual todos nós passamos na infância é possível de ser percebido. Freud baseando nesse complexo, percebe que a sexualidade está presente em todas as fases da vida humana - desde a fecundação do óvulo até a morte. Ele atribui uma grande importância a essa sexualidade, afirmando que ela é determinante no desenvolvimento da personalidade. Posteriormente, Sigmund classifica o desenvolvimento psicossexual em cinco estágios: oral, anal, fálico, latência e genital. Essa classificação se dá com base nas áreas de mais prazer sexual que se alternam na vida do ser humano, sendo elas : boca, anus, pênis e vagina, todas e pênis e vagina, respectivamente.

O método catártico, mostra que nenhum comportamento existe por acaso, ou seja, todos têm uma causa que pode estar escondida no inconsciente. Você já se deparou com situações de simpatia e antipatia sem causa aparente? Por exemplo, aquele menino lá do fundo da sala que você não gosta e não sabe por quê; ou o contrário, aquela pessoa que lhe rejeita, sem que você não tenha feito nada contra ela. Aquela pessoa que você gosta tanto pode ter rosto, corpo ou comportamentos parecidos com uma pessoa que você conheceu e adorou - mas nem se lembra! A que você não gosta pode parecer com alguém que você não gosta! A simpatia e antipatia também podem ter causas no inconsciente. Nosso cérebro e alma fazem relações que se quer suspeitamos!

Sem dúvidas o filme nos acena para várias questões. Cada vez que o assistimos aprendemos coisas novas e às vezes nos deparamos com coisas antigas sob um novo olhar. O olhar de Freud ainda hoje é novo para nós! Ele nos chama a entender consciência e inconsciência; sonho e realidade, máquina e alma. Por meio da Psicanálise mostra-nos que os sonhos são as "janelas" da alma - neles nossos medos e desejos encontram vazão. Mostra-nos ainda que para entender o outro e a si mesmo, é preciso, antes, inaugurar o diálogo; mostra-nos que aprender é aprender com o outro. Com seu exemplo, vemos que fazer ciência não é uma tarefa fácil. Ele nos ensina que quando se é um desvelador, mais que a coragem de tirar o véu é necessária a coragem de mostrar a coisa descoberta. Coloca em evidência que a comunidade científica, poucas vezes, acolhe o verdadeiro cientista e seu conhecimento. Muitas vezes, o novo é ultrajante demais para o alcance de cabeças estabilizadas. O desarranjo da verdade nova traz um desarranjo social e, muitas vezes, moral. Para ser cientista é preciso coragem!

E então, Freud explica?


sexta-feira, 23 de maio de 2008

A amizade é um amor que nunca morre. Mário Quintana

As pessoas realmente ligadas não precisam de ligação física. Quando se reencontram, mesmo depois de muitos anos afastados, sua amizade é tão forte quanto sempre. Deng Ming Dao

A amizade nasce no momento em que uma pessoa diz para outra: "O quê? Você também? Pensei que eu fosse o único!”

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia.

É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.

Um amigo é a obra prima da natureza.
A amizade é um sentimento espontâneo. Nasce da harmonia de pensamentos e dos muitos momentos compartilhados. A amizade é doce, firme e leal. Ela se fortalece com o tempo e se torna duradoura!

A única maneira de ter um amigo é sendo um!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

filme - O fiel Jardineiro

O filme demonstra como homens e mulheres comuns, sem grande poder ou influência, e sabendo do risco de vida que correm, ousem se levantar contra as megacorporações multinacionais e sua falta de escrúpulos. Esse heroísmo da formiga que briga com o elefante porque sabe que, mesmo que acabe por ser esmagada, tem o direito e o dever de reclamar, gritar, lutar.


CRÍTICA: África pede socorro! - Estima-se que daqui a 20 anos mais de 30% da população africana seja devastada pelo vírus HIV e tipos raros de tuberculose. E o que as grandes potências, digo, o G-8 Grupo das oito maiores potências do mundo fazem? Pouco, muito pouco!Em uma palestra da ONU, onde Justin Quayle (Ralph Fiennes), um representante do alto escalão do governo britânico proferi uma palestra sobre ações pacíficas de seu governo, Justin, no término da palestra, é indagado por uma jovem pacifista, Tessa (Rachel Weisz), sobre o que ele tinha a dizer do apoio político e militar de seu governo a invasão do Iraque e também sobre os milhares de civis mortos.Cria-se um mal estar na palestra, amigos de Tessa tentam fazê-la parar, em vão, ela descarrega um discurso pra lá de pacifista pra cima de Quayle. As pessoas se retiram do recinto, restando apenas réu e acusador. Os dois rumam para um café, ele compartilha das idéias da garota, iniciam uma sincera relação de amor.Justin está de partida para a África, Tessa pede pra ir junto, partem rumo à outra realidade. Lá, Tessa logo faz amizades, engravida e começa a se envolver com questões delicadas: empresas farmacêuticas que atuam no continente usando africanos como cobaias de um novo remédio e que pode estar matando milhões de pessoas.Logo de cara já sabemos que Tessa é assassinada. Justin começa a investigar os motivos do assassinato, inicia uma caminhada rumo ao inferno, já não há mais em quem confiar, tenta rastrear o parceiro de Tessa nas ações investigatórias e pacifistas. Arnold, médico e africano, que também é posto fora de circulação, nessa busca por respostas, Quayle passa a ser ameaçado de morte. O filme não tem uma linguagem linear, passado e presente se intercalam. O diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus) acertou em cheio quando optou por fazer as cenas nas favelas do Quênia, o tom realista com a excelente fotografia, nos deixa intrigado e incomodado. O excelente roteiro é uma adaptação do best seller de Jonh Lê Carré. E digo novamente, a África agoniza e pede ajuda!Direção: Fernando MeirellesDistribuição: UIPGênero: DramaDuração: 129 min.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Viva como as flores!!!

Uma palavra de verdade vale mais que um mundo inteiro!

Aleksander Solzenytsin

O discípulo, questiona a seu mestre espiritual:
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes... Algumas são indiferentes...

Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
- Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores - continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim - Elas nascem no esterco.
Entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
E o mestre conclui seu pensamento:
- É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.

A literatura é uma manifestação artística - Leitura é droga perigosa: vicia...

O Prazer da Leitura

A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem. O texto literário se caracteriza pelo predomínio da função poética.

Sabemos que o reino das palavras é farto. Elas brotam de nosso pensamento de maneira natural, não temos a preocupação de elaborar o que dizemos ou até mesmo escrevemos. As palavras, contudo, podem ultrapassar seus limites de significação. Podendo assim, conquistar novos espaços e passar novas possibilidades de perceber a realidade. O caminho que a literatura percorre é este. O artista sente, escolhe e manipula as palavras, as organiza para que produzam um efeito que vá além da sua significação objetiva, procurando aproxima-las do imaginário. A obra do escritor é fruto de sua imaginação, embora seja baseado em elementos reais. Da concretização desse trabalho surge então a obra literária. Dotado de uma percepção aguçada, o escritor capta a realidade através de seus sentimentos. Explora as possibilidades lingüísticas e as manipula no nível semântico, fonético e sintático. A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem. O texto literário se caracteriza pelo predomínio da função poética.

Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a técnica, se ele luta com as palavras, se ele não desliza sobre elas – a leitura não produz prazer: queremos que ela termine logo. Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê para que seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê. Por isso é importante ser estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de leitura“. Se há concertos de música erudita, jazz e MPB – por que não concertos de leitura? Ouvindo, os alunos experimentarão os prazeres do ler. E acontecerá com a leitura o mesmo que acontece com a música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível esquecer.

Leitura é droga perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas sobre os textos - gramática, usos da partícula “se“, dígrafos, encontros consonantais, análise sintática –que não houve tempo para serem iniciados na única coisa que importa: a beleza musical do texto literário: foi-lhes ensinada a anatomia morta do texto e não a sua erótica viva. Ler é fazer amor com as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler elas já são sensíveis à beleza. E a missão do professor? Mestre do kama-sutra da leitura...

domingo, 18 de maio de 2008

Chocolate - História de uma recém-aberta loja de chocolates que conquista a todos em uma pequena cidade rural da França.

Chocolate - Um filme que retrata uma pessoa liberal que traz alegria a uma pequena vila conservadora e avessa a mudanças.





Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jovem mãe solteira, e sua filha de seis anos (Victorie Thivisol) resolvem se mudar para uma cidade rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates que funciona todos os dias da semana, bem em frente à igreja local, o que atrai a certeza da população de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos poucos Vianne consegue persuadir os moradores da cidade em que agora vive a desfrutar seus deliciosos produtos, transformando o ceticismo inicial em uma calorosa recepção

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cada criança traz algo inédito e singular que contribuirá para a edificação do mundo que a recebeu!


A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-primeiro ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na adquisição das bases de sua personalidade.
A primeira instituição que atravessa a criança é a família. Nesta instituição, a criança tem a possibilidade de estruturar-se como sujeito e desenvolver suas chances de sobrevivência e adaptação ao mundo. Sua estruturação depende do lugar de desejo que ela ocupa para cada um dos pais ou dos que ocupam as funções parentais. Na família, a criança tem a chance de viver os sofrimentos necessários à sua constituição enquanto sujeito desejante, submetida às questões das leis e normas familiares.

Os pais de uma criança possuem um papel fundamental no desenvolvimento psicológico da criança, além de serem os responsáveis pela sustentação dela. Uma das principais preocupações dos pais é ajudar a criança em desenvolvimento a crescer normalmente.
A criança não deve ser deixada ao seu próprio destino, deve-se acolhê-la, dar lugar à sua invenção singular. Isto introduz responsabilidades no mundo no qual elas serão recebidas. Se este lugar daquele que acolherá a criança estiver vazio, ela corre o risco de ter que se virar sozinha. Assim, os adultos, pais, educadores, parente e amigos, precisam estar próximos e disponíveis para a criança até que ela possa dispensá-los.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

"A tua única obrigação durante toda a tua vida existência é seres verdadeiro para contigo próprio!



Melhore o seu interior.

É no interior que você elabora as fórmulas de paz ou intranqüilidade, coragem ou medo, sucesso ou insucesso, como num verdadeiro laboratório.
Leve só o que é bom para o seu íntimo e tome a decisão de alcançar a paz, de chegar ao sucesso pelos pensamentos otimistas e ações de concreta valia.

Não jogue para dentro os pensamentos negativos, que são lixo, veneno e ácido, levando-o a não aceitar os acontecimentos, a julgar-se uma vítima, um incapaz ou a crer que vive num mundo inimigo.
No laboratório interior, o cientista responsável é você.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os filósofos são queles que saem da pele do coelho e escalam seu pêlo, para chegar até as pontas do mesmo, pra assim poder olhar para todo o universo!


Quem sou?Por que estou aqui?Como o mundo começou?Existe um Deus?
Se você já se fez uma ou mais dessas perguntas, está a caminho de se tornar um filósofo.

Filósofo é aquele que pensa sobre o mundo e se questiona sobre ele.
E Filosofia, o que é?
A palavra "Filosofia" significa amor pela sabedoria, do grego philos (amigo ou amante) e sophia ( sabedoria ou conhecimento). A Filosofia começa quando não tomamos mais as coisas como certas, questionamos como as coisas são. Para Platão (428 - 354 a.C.), um dos antigos filósofos que viveu há mais de dois mil anos, a filosofia é fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas.
O conhecimento fIlosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses fIlosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação" (Trujillo, 1974:12); por este motivo, o conhecimento fIlosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses fIlosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, é infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação). Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana. Assim, se o conhecimento cientifico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, através do emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o objeto de análise da fIlosofia são idéias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a filosofia emprega "o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica" (Ruiz, 1979:110). O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca as leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Os pilares da gestão


Educar para a felicidade e para o equilíbrio nas relações humanas!

No princípio, Deus criou o céu e a terra. A primeira frase do texto bíblico serviu de inspiração para diversos artistas, como Michelangelo na sua pintura monumental, o teto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em Roma. E também para o professor João Roberto Gretz, no seu livro O Obvio, que traçou uma interessante analogia entre a criação divina e o sistema de gestão de uma empresa.
No princípio, refere-se ao tempo; Deus é poder; criar é a ação; o céu é o espaço; a terra, a matéria. Pois bem:
O tempo pode ser relacionado ao horário de trabalho, ao cumprimento de prazos, à agilidade e às oportunidades que aparecem na hora certa.
O poder diz respeito à hierarquia, organização, normas e procedimentos, liderança da equipe e cobrança da qualidade do serviço ou da produção.
A ação de criar exige objetividade, eficiência, competência. Envolve também a preocupação com produtividade e segurança.
O espaço está ligado ao ambiente de trabalho e ainda à distribuição da produção, à área coberta pelo serviço, à repercussão do trabalho.
A matéria abrange os investimentos, as instalações, o produto, os serviços e, finalmente, o lucro.
Todas essas considerações podem ser aplicadas ao nosso universo, as academias e centros esportivos. Ao falar de gestão, temos que falar de poder, prazos, ações, espaços, serviços e, sobretudo, de gente. Afinal, a lucratividade do negócio academia depende definitivamente de pessoas. Funcionários e professores precisam conhecer os objetivos do cliente e se comprometer em atendê-lo bem a fim de estimular o seu retorno. O sucesso do negócio resulta, portanto, da qualidade do relacionamento interpessoal.
Uma empresa prestadora de serviços que planeja aumentar a lucratividade tem que estar atenta a quatro pilares, diretamente condicionados pelas intenções dos clientes:
Atendimento
Vendas
Liderança
Conhecimento das intenções do cliente
Os pilares da lucratividade
Atendimento
Refere-se a toda ocasião em que o cliente mantém contato com alguém da empresa, seja ele recepcionista, professor, encarregado da limpeza, manobrista. Não se resume àquele momento em que um aluno ou candidato a aluno chega à recepção em busca de informações ou pede orientações para um professor na sala de musculação. Não é preciso estar atrás de um balcão para haver atendimento. Sempre que o cliente se relaciona com algum membro do staff da academia, está em curso o atendimento. Começa pelo proprietário, passa pelos professores e atinge todos os funcionários.
Vendas
Não são tarefas exclusivas da recepção, embora os profissionais dessa área em geral se encarreguem de acolher os clientes, mostrar a academia, explicar os planos e fazer as matrículas. O que chamamos de venda tem um outro conceito, muito mais amplo. Quem vende na academia é toda equipe. A venda é fruto da comparação das somatórias de pontos positivos e negativos observados pelo cliente sempre que utiliza as instalações da academia ou mantém contato com alguém do staff. Ao longo de uma hora de permanência em suas dependências, pode realizar dezenas de avaliações.
Estaciona o carro facilmente? Ponto positivo. O acesso é difícil? Ponto negativo. É recebido com um sorriso na recepção? Ponto positivo. Passa na catraca sem contratempos? Ponto positivo. Encontra o vestiário limpo? Ponto positivo. Um professor de outra aula cruza o corredor e não o cumprimenta? Ponto negativo.
Vale a pena acrescentar que nem todos os pontos têm o mesmo valor ponderal. Um ponto negativo pode pesar mais do que 1000 positivos. Tudo vai depender de como cada cliente avalia a questão e também das prioridades individuais.
Quando vai embora, a pessoa tem o escore final do dia, que junta com o de outro dia e de outro e mais outro... até estabelecer o escore final da semana, depois do mês. Na época de renovar o contrato, o cliente consulta essas somas, consciente ou inconscientemente, e toma a sua decisão. Se os pontos positivos superarem os negativos, tende a optar pela renovação. Portanto, a grande venda da academia ocorre no momento de renovar o plano.
Liderança
O atendimento é o que enfraquece ou fortalece a venda. Mas quem determina os rumos que ele deve tomar é o gestor. O atendimento dos professores e funcionários terá melhor qualidade se houver uma liderança competente a dirigir a equipe.
Instabilidades do mercado e crises econômicas podem levar uma empresa a atravessar dificuldades. Mas a responsabilidade é sempre da liderança. Ela responde pela qualidade dos serviços prestados e a agilidade do atendimento. Responsabiliza-se pelas fracassos nas derrotas e divide as glórias nas vitórias.
Não só a liderança maior, mas todas as pessoas que exercem cargos de chefia precisam assumir a condução do projeto para que ele funcione a contento. Se o funcionário ou professor não fizeram o melhor, ou a produtividade deixou a desejar, a responsabilidade é de quem delegou funções, ou os contratou, ou também não os capacitou adequadamente. Ou seja, a responsabilidade é sempre da liderança.
Dia-após-dia, os líderes têm que cobrar a qualidade do atendimento para fortalecer a venda e, conseqüentemente, garantir maior manutenção de clientes
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Fabio Saba

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Eis o poder que tem um professor: destruir ou construir!

O ser humano elevado vê melhor e brilha mais!


Guimarães Rosa, o revolucionário das palavras, dizia isto: "Se todo animal inspira ternura,, o que houve, então com os homens?" Nós nos gabamos de sermos diferentes dos animais, porque pensamos e porque sorrimos, duas coisas que os irracionais não conseguem fazer.Mas estamos perdendo a ternura coletiva, num processo de anodinia animalizante, e perdendo também a capacidade de pensar.Sem sorriso e sem pensamento vai o homem ao cadafalso.Sem sorriso e sem pensamento as paixões dominam a razão e o resultado é o que vê por aí.
O ser humano se torna incontinente.
A cada ação há uma reação, em direção contrária e com igual intensidade, diz a terceira lei de Newton.Nós diríamos que essa reação tende a ser ainda mais brusca,menos refletida.O ser humano pode mais, pode muito mais.Temos que reaprender.Principalmente as atitudes que nos despertem sentimentos opostos àqueles que compõem o vício da violência.A essência da existência humana está nas coisas mais singelas...
É preciso apreender os valores...
Aprender a ver as coisas...
Se eu também nao der passagem , a reação do outro de também não dar passagem tem como resultado um trânsito congestionado e mal humorado.
Alguém precisa começar a ceder.

Aristóteles assinalava sobre duas manisfestações de inteligência, uma cognitiva e outra, a moral.A cognitiva vem dos livros, do estudo das teorias, da chamada erudição.A moral decorre do hábito, da capacidade de influência que as pessoas exercem umas sobre as outras.O filho há de reproduzir excessos, faltas e virtudes dos pais.Ou há de negá-las por razões tantas que é difícil de prever.Portanto , o aluno tende a cometer equívocos como os cometidos pelos seus mestres.E, de outro lado, há de sonhar, de crescer, de ser,influenciado também pelo que viu, ouviu,aprendeu, viveu!Eis o poder que tem o professor nas mãos também na concepção de Moacir Gadotti: destruir ou construir!
Parafraseando nosso mestre, Gabriel Chalita:É possível e é preciso falar pelos gestos.São eles que ficam, são eles que multiplicam.



quarta-feira, 7 de maio de 2008

Marketing Pessoal

A auto-conquista é a maior das vitórias. Platão

.....Marketing Pessoal hoje, é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a ser favor no ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também fazem parte do Marketing Pessoal.
.....As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A preocupação com o capital intelectual e a ética, são fundamentais na definição do perfil daqueles que serão parceiros/colaboradores.

.....Alguns detalhes merecem atenção especial:
Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;
Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;
Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de frustração e angústia;
Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de obstáculos;
Manter-se motivado;
Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela trabalhe como seu diferencial;
Seja absolutamente pontual;
Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor importância;
Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;
Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;
Controle suas emoções mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo tratado;
Cuidado com o uso do celular;
Não fale demais nem de menos.
Saber trabalhar sua imagem é uma competência em si, e deve ser desenvolvida para fazer seu trabalho aparecer. Então preste atenção em como você está sendo visto em seu emprego e assuma controle de sua imagem.
Leia mais em:

terça-feira, 6 de maio de 2008

Amanhã pode ser tarde!

Se não posso realizar grandes coisas, posso pelo menos fazer pequenas coisas com grandeza!

Ontem?...Isso faz tanto tempo!...
Amanhã?...Não nos cabe saber...
(E amanhã pode ser muito tarde...)
Amanhã pode ser muito tarde pra vc dizer que me ama, que me perdoa, que me desculpa.
Para vc dizer que quer tentar de novo...
Amanhã pode ser muito tarde pra vc pedir perdão, pra você dizer:
- Desculpe-me o erro foi meu!...
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
o seu perdão amanhã, pode já ser mais preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho,amanhã, pode já não ser mais necessário...
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...
Porque amanhã pode ser muito...muito tarde!
Não deixe pra amanhã pra dizer:
-Eu amo você! - Estou com saudade de você! - Perdoe-me!
- Você está bem? - Esta flor é pra você!
- Ei!...vamos conversar?
- Ainda tenho chance?
-Por que não começamos de novo?
- Estou com você.Sabe que pode contar comigo?
- Cadê seus sonhos? Onde está a sua garra?...
Não deixe para amanhã:
O seu sorriso...o seu abraço...o seu carinho...o seu trabalho...o seu sonho...a sua ajuda...
Lembre-se:
Amanhã pode ser tarde...muito tarde!
Amanhã, o seu amor e o seu carinho pode não ser mais preciso;o seu presente pode chegar muito tarde;
o seu reconhecimento pode não ser recebido com o mesmo entusiasmo!...
Procure.Vá atrás!
Insista!Tente mais uma vez!

Só hoje é definitivo!
Amanhã pode ser tarde...muito taaaaaaaaaaaaaaarde!
Silvana Mendes nov/99

domingo, 4 de maio de 2008

O que é a Síndrome de Down




Toda criança deve ser incluída na sociedade desde que ela nasce. Ela precisa primeiro ser genuinamente inserida na sua família, senão fica muito difícil pensar em inclusão escolar e social.



Os pais, muitas vezes, têm um preconceito que é anterior ao nascimento do filho e com freqüência não se dão conta disto até que alguém os aponte. Com este preconceito internalizado e muitas vezes culpados por estes sentimentos camuflam esta questão. Tal problemática fica evidenciada quando se tenta incluir seu filho na vida escolar e social, portanto, mais uma vez, vemos a necessidade de um trabalho cuidadoso e minucioso junto aos familiares que não se trata de orientação, nem prescrição, pois assim não damos espaço para acolher o lado preconceituoso dos próprios pais e dar-lhes a possibilidade de transformação.
Quando este trabalho é feito ou quando as famílias conseguem realizá-lo de maneira natural a criança está pronta para ser inserida numa esfera maior. O bebê com Síndrome de Down pode ser inserido na sociedade desde bem pequeno quando freqüenta em seus passeios de carrinho os mesmos lugares que os outros bebês sem Síndrome de Down. Mais tarde, através da escola haverá uma inclusão mais contundente que colocará a prova o preconceito de cada educador com que a criança se deparar e também o dos outros pais de crianças que freqüentem a mesma escola, no caso de escolas regulares.A Síndrome de Down decorre de um acidente genético que ocorre em média em 1 a cada 800 nascimentos, aumentando a incidência com o aumento da idade materna. Atualmente, é considerada a alteração genética mais freqüente e a ocorrência da Síndrome de Down entre os recém nascidos vivos de mães de até 27 anos é de 1/1.200. Com mães de 30-35 anos é de 1/365 e depois dos 35 anos a freqüência aumenta mais rapidamente: entre 39-40 anos é de 1/100 e depois dos 40 anos torna-se ainda maior. Acomete todas as etnias e grupos sócio-econômicos igualmente. É uma condição genética conhecida há mais de um século, descrita por John Langdon Down e que constitui uma das causas mais freqüentes de deficiência mental (18%). No Brasil, de acordo com as estimativas do IBGE realizadas no censo 2000, existem 300 mil pessoas com Síndrome de Down. As pessoas com a síndrome apresentam, em conseqüência, retardo mental (de leve a moderado) e alguns problemas clínicos associados.Diferentemente dos 23 pares de cromossomos que constituem, na maioria das vezes, o nosso genótipo, no caso da Síndrome de Down há um material cromossômico excedente ligado ao par de número 21 e por isso também é chamada “trissomia do 21”. Não existem graus de Síndrome de Down, o que existe é uma leitura deste padrão genético por cada indivíduo, como ocorre com todos nós. Assim, como existem diferenças entre a população em geral também existem diferenças entre as pessoas com Síndrome de Down. Existem 3 tipos de Síndrome de Down:

- A trissomia livre (92% dos casos) quando a constituição genética destes indivíduos é caracterizada pela presença de um cromossomo 21 extra em todas as suas células. Nestes casos, o cromossomo extra tem origem no desenvolvimento anormal do óvulo ou do espermatozóide onde ocorre uma não-disjunção durante a meiose, na gametogênese, sem razões conhecidas. Em conseqüência deste fato, quando os mesmos se encontram para formar o óvulo fecundado estão presentes, em um dos gametas, três cromossomos 21 no lugar de dois. Ao longo do desenvolvimento embrionário o cromossomo adicional permanece acoplado a todas as células do indivíduo em função da divisão celular. mosaicismo (2 a 4 % dos casos), onde células de 46 e de 47 cromossomos estão mescladas no mesmo indivíduo. Este tipo de alteração deve-se a uma situação semelhante a da trissomia livre, sendo que neste caso, o cromossomo 21 extra não está presente em todas as células do indivíduo. Acredita-se, portanto, que o óvulo pode ter sido fecundado com o número habitual de cromossomos, mas, devido a um erro na divisão celular no princípio do desenvolvimento do embrião, algumas células adquirem um cromossomo 21 adicional. Fernanda Travassos informa que desta forma, a pessoa com Síndrome de Down por mosaicismo terá 46 cromossomos em algumas células e 47 em outras (número ocasionado pelo cromossomo 21 adicional). Nesta situação a proporção dos problemas físicos ocasionados pela trissomia pode variar em conseqüência da proporção de células com 47 cromossomos.

- A translocação (3 a 4% dos casos), quando o material genético sobressalente pode estar associado a herança genética e é muito raro. Neste caso, todas as células possuem 46 cromossomos, no entanto, parte do material de um cromossomo 21 adere-se ou transloca para algum outro cromossomo. Este fato pode acontecer antes ou durante o momento da concepção. Nestas situações, as células dos indivíduos com Síndrome de Down têm dois cromossomos 21 normais, no entanto, encontramos também material adicional proveniente do cromossomo 21 aderido a algum outro cromossomo, o que dá ao indivíduo as características da Síndrome de Down. A translocação se produz quando uma porção do cromossomo 21 se adere a outro cromossomo durante a divisão celular.
- O atraso no desenvolvimento na pessoa com a síndrome pode ainda estar associado a outros problemas clínicos com: cardiopatia congênita (40%), hipotonia (100%), problemas auditivos (50 –70%), de visão (15 – 50%), distúrbios da tireóide (15%), problemas neurológicos (5 – 10%) e obesidade e envelhecimento precoce.




Cada um de nós constrói ao longo da vida suas crenças, valores, conceitos e mesmo preconceitos.
Este processo é uma construção em via de mão dupla com o meio em que vivemos.

A educação precisa de mais que política !



"A educação não pode ser neutra!"

Pesquisas no Brasil e no exterior mostram que o desempenho educacional tem forte relação com a família e a comunidade. Quando pais acompanham o estudo dos filhos, melhoram as chances de aprendizado. Se a sociedade local participa da gestão das escolas, diretores e professores serão mais cobrados e ganharão parceiros para melhorar o processo pedagógico. Para ativar os atores de fora da sala de aula, a política de educação precisa da ajuda de outros setores governamentais e agir segundo as peculiaridades regionais.
O caso brasileiro revela os limites de secretários e do ministro da Educação. Sondagens do Ibope mostram que os pais mais satisfeitos com a qualidade educacional são os mais pobres e menos instruídos. Esse mesmo grupo também tem dado menor importância à educação na avaliação dos problemas brasileiros. As famílias que mais precisariam acompanhar o estudo dos filhos são as que têm menor interesse em fazê-lo.
É compreensível a posição das famílias mais pobres e menos instruídas. As crianças do "andar de baixo" têm hoje maior escolaridade que seus pais tiveram, graças à ampliação do acesso. Além disso, pôr os filhos na escola garante uma renda familiar adicional por meio de programas de transferência de renda. Só que o desempenho dos alunos das escolas públicas é, no geral, sofrível, deixando-os a uma boa distância dos que freqüentam o ensino privado.
As melhorias ocorridas na educação dos mais pobres paradoxalmente criaram obstáculos para a transformação mais profunda de sua vida. Para convencer os pais das classes mais baixas a ter uma posição mais ativa a favor da qualidade das escolas, a política educacional será importante, mas insuficiente. Basta lembrar que não são os professores, nem o diretor, os funcionários públicos que têm maior capilaridade nas periferias ou nos núcleos paupérrimos do interior. São os servidores da Saúde e da Assistência Social.
O Bolsa-Família gerou uma revolução que poucos notaram: o Estado chegou a quem não era servido pelo poder público. Essa capilaridade deveria servir não só para manter os alunos na escola e dar uma necessária renda aos pais, mas teria de ser um instrumento ativador do sentimento de comunidade em prol do aperfeiçoamento das escolas.
Nas regiões metropolitanas, em especial as do Sudeste, o impacto do Bolsa-Família é menor. A revolução educacional nas periferias urbanas pode estar em duas outras formas de intersetorialidade: aliar a política educacional a ações das áreas de cultura e/ou juventude e levar os ensinos técnicos, voltados ao mundo do trabalho, mais cedo para as escolas.
No primeiro exemplo, está em jogo a capacidade de aproximar o mundo escolar da realidade jovem, algo que livros, bons professores e diretores bem treinados não farão sozinhos. Quanto à introdução de conteúdo profissionalizante, ela poderia dar mais sentido à educação a alunos e pais que não enxergam a relevância de uma enxurrada de matérias sem ligação imediata com a vida em sua comunidade e, principalmente, com o mundo do trabalho.
Secretários e o ministro da Educação devem defender essa intersetorialidade adaptada às realidades regionais para que a política educacional mobilize as comunidades mais pobres. Mas não conseguirão levar adiante sozinhos essa idéia. Precisarão que prefeitos, governadores e, principalmente, o presidente comandem a batalha, colocando a educação no topo das prioridades do país.
Fernando Abrucio - Doutor em Ciência Política pela USP, professor da Fundação Getúlio Vargas

sábado, 3 de maio de 2008

A liberdade e a consciência estão o intimamente relacionadas!

Quando nos referimos à liberdade de maneira geral, é preciso admitir que são vários os enfoques pelos quais podemos compreendê-la. Se ninguém é solitário, pois convive na sociedade dos homens, a liberdade é um desafio que permeia todos os campos da atividade humana. Assim, podemos falar em liberdade ética quando nos referimos ao sujeito moral, capaz de decidir com autonomia a respeito de como deve se conduzir em relação a si mesmo a aos outros. Kant dizia que a liberdade consiste na obediência às leis que o próprio moral se impõe. A liberdade econômica não deve ser confundida com a liberdade absoluta nos negócios. Por outro lado, porque toda atividade produzida supõe relações de dependência entre as pessoas e, por outro, porque convém precaver-se contra as aparências da liberdade. A livre iniciativa, fundada na idéia de que deve vencer o melhor”, muitas vezes nos faz esquecer de que em uma competição esportiva, por exemplo, os concorrentes sempre a iniciam em pé de igualdade: mesmo quando os talentos são diferentes, todos começam juntos na linha de partida. A liberdade jurídica é uma das conquistas das modernas sociedades democráticas que defendem a igualdade perante a lei. Ninguém pode ser submetido à servidão e a escravidão; qualquer um tem ( ou deveria ter...) a garantia de liberdade de locomoção e ação, nos limites estabelecidos pela lei. A aristocracia supõe a existência de indivíduos especiais que teriam privilégios. Foi contra as vantagens da nobreza que a burguesia se insurgiu no século XVIII, implantando os idéias contidos na Declaração dos Direitos que surgiram de inspiração para a construção da nova ordem daí em diante. No entanto, nem todos têm acesso à lei de igual maneira. A justiça é lenta e cara e o poder econômico interfere sempre que pode. Ao se fazer as leis de um país, é quase impossível evitar a interferência daqueles que detêm algum poder e desejam manter privilégios. Por ocasião da constituinte de 1988, a discussão a respeito de mais diversos assuntos, como reforma agrária, aposentadoria e verbas para educação pública, foi alvo de pressões das mais diversas, não podendo ser subestimadas as forças decorrentes do poder econômico. Podemos concluir que a liberdade não é alguma coisa que é dada, mas resulta de um projeto de ação. É uma árdua tarefa cujos desafios nem sempre são suportados pelo homem, daí resultando os riscos de perda da liberdade. Como vimos, os descaminhos da liberdade surgem quando ela é sufocada a revelia do sujeito - no caso da escravidão, da prisão injusta, da exploração do trabalho, do governo autoritário - ou quando o próprio homem e ela abdica, seja por comodismo, medo ou insegurança.
Watson e Skinner, psicólogos contemporâneos pertencentes à corrente comportamentista, consideram que o homem tem a ilusão de que é livre, quando na verdade apenas desconhece as causas que agem sobre ele. Com o desenvolvimento da ciência do comportamento seria possível conhecer de tal forma as modificações que daria para prever e portanto planejar o comportamento humano.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O sonho dos ratos - Fábula de Rubem Alves

"Todo conhecimento começa no sonho!"

Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade. Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade... Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava imensamente longe, porque entre ele e os ratos estava um gato... O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e... era uma vez um ratinho!! Os ratos odiavam o gato. Quanto mais o odiavam, mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro... Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. "Quando se estabelecer a ditadura dos ratos", diziam os camundongos, "então todos serão felizes"... - O queijo é grande o bastante para todos, dizia um. - Socializaremos o queijo, dizia outro. Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções. Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bonito quando o gato morresse! Sonhavam... Nos seus sonhos comiam o queijo. E, quanto mais o comiam, mais ele crescia. Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem; crescem sempre. E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: “Ao queijo, já!"... Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha sumido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar uns poucos passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era. O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu. Bastou a primeira mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem. Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto do queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram. Arreganharam os dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou. Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo, começaram a brigar entre si. Alguns ameaçaram chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos: "Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono". Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando... Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido. O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato, o olhar malvado, os dentes à mostra. Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora.

E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato.